A ONU pediu no domingo "o fim imediato das hostilidades" que já deixaram mais de 500 palestinos e 20 israelenses mortos.
O conflito entre Israel e o Hamas continuava se
intensificando nesta segunda-feira na Faixa de Gaza, após seu dia mais
sangrento e apesar dos apelos da comunidade internacional por uma trégua. O
Conselho de Segurança da ONU pediu no domingo "o fim imediato das
hostilidades" que já deixaram mais de 500 palestinos e 20 israelenses
mortos - 18 deles soldados - desde o início do conflito, no dia 8 de julho.
Na manhã desta segunda-feira, ao menos nove palestinos de
uma mesma família, entre eles quatro crianças, perderam a vida em um ataque
aéreo israelense contra sua casa em Rafah (sul da Faixa). Em Khan Yunes, no
sul, foram encontrados os cadáveres de 16 pessoas sob os escombros de uma casa
também alvo de um bombardeio.Mais de 140 palestinos faleceram no domingo, a
metade deles em Shejaiya, um bairro periférico do leste da cidade de Gaza
(norte) atacado duramente pelo exército israelense.
Ao sul de Israel, o exército matou nesta segunda-feira dez
combatentes palestinos que conseguiram se infiltrar por dois túneis do reduto
controlado pelo movimento islamita Hamas. Segundo a rádio militar, soldados
israelenses foram atingidos durante a troca de tiros, sem informar se haviam
sido mortos ou feridos.
Na manhã desta segunda-feira as localidades israelenses
localizadas perto da Faixa de Gaza foram colocadas em estado de alerta e seus
habitantes foram alertados a não sair de suas casas.
Na frente diplomática, o Conselho de Segurança da ONU pediu
o retorno "ao acordo de cessar-fogo de novembro de 2012" entre Israel
e o Hamas e convocou "o respeito às leis humanitárias internacionais,
especialmente sobre a proteção de civis".
O presidente americano, Barack Obama, disse que enviará seu
secretário de Estado, John Kerry, ao Cairo nesta segunda-feira e declarou
buscar um cessar-fogo.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, atualmente no
Oriente Médio, pediu em Doha que Israel faça muito mais para evitar as vítimas
civis, denunciando a ação atroz do exército em Shejaiya. Ban visitará nesta
segunda-feira o Kuwait e também deve viajar ao Cairo, a Jerusalém, Ramallah
(Cisjordânia) e Amã.
nominuto.com
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