
Uma investigação da Polícia Rodoviária Federal (PRF) com o
Ministério Público descobriu como as ações da quadrilha que age dentro e fora
dos presídios do estado de São Paulo se ramificam por todo o país, em especial
no Nordeste, e se espalham pela América do Sul, de acordo com reportagem do
“Fantástico” exibida neste domingo (7). Durante dez meses, policiais
acompanharam conversas telefônicas entre presos de diversas cadeias do Brasil
planejando negócios e conseguiram mapear as rodovias e cidades por onde ocorre
o tráfico de drogas antes de ser distribuída em diversos estados. A
investigação do MP mostrou também que a facção passava quase que diariamente
orientações para os criminosos do Nordeste.
A operação começou no Rio Grande do Norte, onde a quadrilha
atua desde 2010, e chegou a São Paulo, Paraná e Paraíba. Ao todo, foram
decretadas 223 prisões: 154 criminosos já estavam na cadeia e receberam voz de
prisão dentro da própria cela. Segundo o superintendente da PF no Rio Grande do
Norte, Marcelo Montenegro, a droga em do Paraguai, passando pelos estados de
Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e chega na Bahia, de onde é distribuída para
outros estados do Nordeste. “Também há uma rota que passa por São Paulo”, diz
Montenegro.
Durante a investigação foram apreendidas quase 20 toneladas
de droga. “Nós temos aí 75 flagrantes nesses últimos 10 anos, produzidos a
partir das informações do Ministério Público”, diz o superintendente da PF. A
negociação esbarra em um problema já identificado pelas autoridades, mas ainda
sem solução. “Dentro do presídio, com o telefone celular, eles controlam tudo.
E, incrível, o telefone celular entra dentro. Se o Estado infelizmente não tem
a vontade de enfrentar o crime organizado, resulta nisso aí”, diz o juiz da
Vara de Execução Penal, o caicoense Henrique Baltazar Vilar dos Santos.
Fonte: GL - Glaucia Lima
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