
O vírus ebola já matou 887 pessoas este ano, em quatro
países da África. Libéria, Serra Leoa e Guiné concentram o surto da doença, e
na Nigéria, onde foi confirmada uma morte, há dois casos do vírus em pessoas
que trabalham na área de saúde e em uma pessoa que viajou para a Guiné.
Os números foram divulgados pela Organização Mundial da
Saúde (OMS), e revelam que em apenas dois dias (31 de julho e 1º de agosto)
foram notificados 163 novos casos, e morreram 61 pessoas com a doença. Entre
casos confirmados, prováveis e suspeitos incluindo as 887 mortes, a OMS
registrou 1.603 casos de virus ebola, que está se disseminando mais rapidamente
do que as organizações podem controlar.
Desde o começo do surto, em março, a Guiné teve 485 casos,
com 358 mortes; a Libéria contabilizou 468 casos, dos quais 255 mortes; Serra
Leoa teve o maior número de infectados, com 646 casos, incluindo 273 mortes.
Existem cinco espécies do vírus ebola: Bundibugyo, Costa do
Marfim, Reston, Sudão e Zaire, nomes dados a partir das regiões onde foram
detectados. É uma das doenças mais mortais já identificadas, se contraída por
humanos. Trata-se de um vírus altamente infeccioso, com taxas de mortalidade
que variam entre 25% e 90%, dependendo da sua origem.
Uma
nova forma de meningite – transmitida por parasitas – está se
espalhando pelo País. Levantamento publicado pela revista científica
Memórias do Instituto Oswaldo Cruz mostra que a meningite eosinofílica
já foi diagnosticada em seis Estados, nas Regiões Nordeste, Sul e
Sudeste. Foram diagnosticados 34 casos e uma morte desde 2006.
As formas mais conhecidas de meningite são virais ou bacterianas. Já a eosinofílica é causada por um verme, o Angiostrongylus cantonensis, e é transmitida por crustáceos e moluscos, incluindo o caramujo gigante africano. A preocupação dos pesquisadores é alertar profissionais de saúde, uma vez que se trata de um parasita recente, identificado no Brasil há oito anos. Os casos da doença ocorreram em São Paulo, Rio, Espírito Santo, Pernambuco, Paraná e Rio Grande do Sul.
“Os médicos não estão atentos a essa forma da doença, mais por falha de educação e de treinamento. Eles querem saber se a meningite é viral ou bacteriana e não prestam atenção aos outros agentes”, explica o médico Carlos Graeff-Teixeira, da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Ele assina o artigo com a bióloga Silvana Thiengo, do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), e com o médico Kittisak Sawayawisuth, da Universidade de Khon Kan, na Tailândia, onde a doença é endêmica.
Os sintomas da meningite eosinofílica são semelhantes aos das outras: dor de cabeça persistente, febre alta e, menos frequentemente, rigidez na nuca. O que permite diferenciar é o exame do liquor, líquido entre as meninges, extraído por punção lombar. “O aumento de eosinófilos, que são células de defesa do organismo, é típico de infecção por parasita e verme.”
Graeff-Teixeira explica que o verme não se desenvolve no organismo humano e o tratamento é com corticoides para reduzir a reação inflamatória. O tratamento ameniza os sintomas e evita o agravamento da doença, que pode deixar sequelas como disfunção nos movimentos de braços e pernas, redução ou perda da visão e audição.
O artigo mostra, ainda, que o caramujo gigante africano é o vetor mais frequente do A. cantonensis no Brasil. Os caramujos ingerem fezes de roedores contaminadas com larvas do verme. Quando se locomovem, liberam um muco, para facilitar o deslizamento, que também contém larvas. As pessoas podem ser infectadas se ingerirem esse muco. Isso ocorre no consumo de legumes, verduras, e frutas mal lavados, por exemplo. Ou se tocaram nas plantas e vegetais e depois levaram a mão à boca.
“Esse molusco chegou ao Brasil em uma feira agropecuária no Paraná, nos anos 1980. Como a criação com fins comerciais fracassou, foram liberados no meio ambiente e se proliferaram. Outras espécies de caramujos e crustáceos podem transmitir o verme, mas o caramujo gigante africano está em todos os lugares: no quintal, na pracinha, nas ruas. Como está próximo, facilita o contágio. E já foi encontrado em todos os Estados, exceto no Rio Grande do Sul”, explica a bióloga Silvana Thiengo, chefe do laboratório de Malacologia do IOC.
Prevenção
Silvana ressalta que medidas simples evitam a transmissão: lavar as mãos com frequência e deixar hortaliças e frutas de molho por 30 minutos em um litro de água com uma colher de sopa de água sanitária.
Ela recomenda ainda que os próprios moradores eliminem os caramujos – com as mãos protegidas por luvas ou sacos plásticos, devem ser recolhidos e deixados em balde por 24 horas, em uma mistura de uma medida de água sanitária para três de água. Depois, as conchas devem ser jogadas no lixo comum. “É preciso ficarmos alertas porque podem ocorrer surtos, principalmente se houver o consumo de moluscos ou crustáceos crus”, ressalta Silvana. No Equador, 26 pessoas foram infectadas, em 2009, ao comerem ceviche feito com molusco contaminado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Estadão
- See more at: http://blogdalilinha.com.br/#sthash.ZoBAuDUk.dpuf
As formas mais conhecidas de meningite são virais ou bacterianas. Já a eosinofílica é causada por um verme, o Angiostrongylus cantonensis, e é transmitida por crustáceos e moluscos, incluindo o caramujo gigante africano. A preocupação dos pesquisadores é alertar profissionais de saúde, uma vez que se trata de um parasita recente, identificado no Brasil há oito anos. Os casos da doença ocorreram em São Paulo, Rio, Espírito Santo, Pernambuco, Paraná e Rio Grande do Sul.
“Os médicos não estão atentos a essa forma da doença, mais por falha de educação e de treinamento. Eles querem saber se a meningite é viral ou bacteriana e não prestam atenção aos outros agentes”, explica o médico Carlos Graeff-Teixeira, da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Ele assina o artigo com a bióloga Silvana Thiengo, do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), e com o médico Kittisak Sawayawisuth, da Universidade de Khon Kan, na Tailândia, onde a doença é endêmica.
Os sintomas da meningite eosinofílica são semelhantes aos das outras: dor de cabeça persistente, febre alta e, menos frequentemente, rigidez na nuca. O que permite diferenciar é o exame do liquor, líquido entre as meninges, extraído por punção lombar. “O aumento de eosinófilos, que são células de defesa do organismo, é típico de infecção por parasita e verme.”
Graeff-Teixeira explica que o verme não se desenvolve no organismo humano e o tratamento é com corticoides para reduzir a reação inflamatória. O tratamento ameniza os sintomas e evita o agravamento da doença, que pode deixar sequelas como disfunção nos movimentos de braços e pernas, redução ou perda da visão e audição.
O artigo mostra, ainda, que o caramujo gigante africano é o vetor mais frequente do A. cantonensis no Brasil. Os caramujos ingerem fezes de roedores contaminadas com larvas do verme. Quando se locomovem, liberam um muco, para facilitar o deslizamento, que também contém larvas. As pessoas podem ser infectadas se ingerirem esse muco. Isso ocorre no consumo de legumes, verduras, e frutas mal lavados, por exemplo. Ou se tocaram nas plantas e vegetais e depois levaram a mão à boca.
“Esse molusco chegou ao Brasil em uma feira agropecuária no Paraná, nos anos 1980. Como a criação com fins comerciais fracassou, foram liberados no meio ambiente e se proliferaram. Outras espécies de caramujos e crustáceos podem transmitir o verme, mas o caramujo gigante africano está em todos os lugares: no quintal, na pracinha, nas ruas. Como está próximo, facilita o contágio. E já foi encontrado em todos os Estados, exceto no Rio Grande do Sul”, explica a bióloga Silvana Thiengo, chefe do laboratório de Malacologia do IOC.
Prevenção
Silvana ressalta que medidas simples evitam a transmissão: lavar as mãos com frequência e deixar hortaliças e frutas de molho por 30 minutos em um litro de água com uma colher de sopa de água sanitária.
Ela recomenda ainda que os próprios moradores eliminem os caramujos – com as mãos protegidas por luvas ou sacos plásticos, devem ser recolhidos e deixados em balde por 24 horas, em uma mistura de uma medida de água sanitária para três de água. Depois, as conchas devem ser jogadas no lixo comum. “É preciso ficarmos alertas porque podem ocorrer surtos, principalmente se houver o consumo de moluscos ou crustáceos crus”, ressalta Silvana. No Equador, 26 pessoas foram infectadas, em 2009, ao comerem ceviche feito com molusco contaminado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Estadão
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Uma nova forma de meningite – transmitida por parasitas –
está se espalhando pelo País. Levantamento publicado pela revista científica
Memórias do Instituto Oswaldo Cruz mostra que a meningite eosinofílica já foi
diagnosticada em seis Estados, nas Regiões Nordeste, Sul e Sudeste. Foram diagnosticados 34 casos e uma
morte desde 2006.
As formas
mais conhecidas de meningite são virais ou bacterianas. Já a eosinofílica é
causada por um verme, o Angiostrongylus cantonensis, e é transmitida por
crustáceos e moluscos, incluindo o caramujo gigante africano. A preocupação dos
pesquisadores é alertar profissionais de saúde, uma vez que se trata de um
parasita recente, identificado no Brasil há oito anos. Os casos da doença
ocorreram em São Paulo, Rio, Espírito Santo, Pernambuco, Paraná e Rio Grande do
Sul.
“Os médicos
não estão atentos a essa forma da doença, mais por falha de educação e de
treinamento. Eles querem saber se a meningite é viral ou bacteriana e não
prestam atenção aos outros agentes”, explica o médico Carlos Graeff-Teixeira,
da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Ele assina o artigo
com a bióloga Silvana Thiengo, do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), e com o
médico Kittisak Sawayawisuth, da Universidade de Khon Kan, na Tailândia, onde a
doença é endêmica.
Os sintomas
da meningite eosinofílica são semelhantes aos das outras: dor de cabeça
persistente, febre alta e, menos frequentemente, rigidez na nuca. O que permite
diferenciar é o exame do liquor, líquido entre as meninges, extraído por punção
lombar. “O aumento de eosinófilos, que são células de defesa do organismo, é
típico de infecção por parasita e verme.”
Graeff-Teixeira
explica que o verme não se desenvolve no organismo humano e o tratamento é com
corticoides para reduzir a reação inflamatória. O tratamento ameniza os
sintomas e evita o agravamento da doença, que pode deixar sequelas como
disfunção nos movimentos de braços e pernas, redução ou perda da visão e
audição.
O artigo
mostra, ainda, que o caramujo gigante africano é o vetor mais frequente do A.
cantonensis no Brasil. Os caramujos ingerem fezes de roedores contaminadas com
larvas do verme. Quando se locomovem, liberam um muco, para facilitar o
deslizamento, que também contém larvas. As pessoas podem ser infectadas se
ingerirem esse muco. Isso ocorre no consumo de legumes, verduras, e frutas mal
lavados, por exemplo. Ou se tocaram nas plantas e vegetais e depois levaram a
mão à boca.
“Esse
molusco chegou ao Brasil em uma feira agropecuária no Paraná, nos anos 1980.
Como a criação com fins comerciais fracassou, foram liberados no meio ambiente
e se proliferaram. Outras espécies de caramujos e crustáceos podem transmitir o
verme, mas o caramujo gigante africano está em todos os lugares: no quintal, na
pracinha, nas ruas. Como está próximo, facilita o contágio. E já foi encontrado
em todos os Estados, exceto no Rio Grande do Sul”, explica a bióloga Silvana
Thiengo, chefe do laboratório de Malacologia do IOC.
Prevenção
Silvana
ressalta que medidas simples evitam a transmissão: lavar as mãos com frequência
e deixar hortaliças e frutas de molho por 30 minutos em um litro de água com
uma colher de sopa de água sanitária.
Ela
recomenda ainda que os próprios moradores eliminem os caramujos – com as mãos
protegidas por luvas ou sacos plásticos, devem ser recolhidos e deixados em
balde por 24 horas, em uma mistura de uma medida de água sanitária para três de
água. Depois, as conchas devem ser jogadas no lixo comum. “É preciso ficarmos
alertas porque podem ocorrer surtos, principalmente se houver o consumo de
moluscos ou crustáceos crus”, ressalta Silvana. No Equador, 26 pessoas foram
infectadas, em 2009, ao comerem ceviche feito com molusco contaminado. As
informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Estadão
Uma nova forma de meningite – transmitida por parasitas –
está se espalhando pelo País. Levantamento publicado pela revista científica
Memórias do Instituto Oswaldo Cruz mostra que a meningite eosinofílica já foi
diagnosticada em seis Estados, nas Regiões Nordeste, Sul e Sudeste. Foram
diagnosticados 34 casos e uma morte desde 2006.
As formas mais conhecidas de meningite são virais ou
bacterianas. Já a eosinofílica
é causada por um verme, o Angiostrongylus cantonensis, e é transmitida por
crustáceos e moluscos, incluindo o caramujo gigante africano. A preocupação dos
pesquisadores é alertar profissionais de saúde, uma vez que se trata de um
parasita recente, identificado no Brasil há oito anos. Os casos da doença
ocorreram em São Paulo, Rio, Espírito Santo, Pernambuco, Paraná e Rio Grande do
Sul.
“Os médicos
não estão atentos a essa forma da doença, mais por falha de educação e de
treinamento. Eles querem saber se a meningite é viral ou bacteriana e não
prestam atenção aos outros agentes”, explica o médico Carlos Graeff-Teixeira,
da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Ele assina o artigo
com a bióloga Silvana Thiengo, do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), e com o
médico Kittisak Sawayawisuth, da Universidade de Khon Kan, na Tailândia, onde a
doença é endêmica.
Os sintomas
da meningite eosinofílica são semelhantes aos das outras: dor de cabeça
persistente, febre alta e, menos frequentemente, rigidez na nuca. O que permite
diferenciar é o exame do liquor, líquido entre as meninges, extraído por punção
lombar. “O aumento de eosinófilos, que são células de defesa do organismo, é
típico de infecção por parasita e verme.”
Graeff-Teixeira
explica que o verme não se desenvolve no organismo humano e o tratamento é com
corticoides para reduzir a reação inflamatória. O tratamento ameniza os
sintomas e evita o agravamento da doença, que pode deixar sequelas como
disfunção nos movimentos de braços e pernas, redução ou perda da visão e
audição.
O artigo
mostra, ainda, que o caramujo gigante africano é o vetor mais frequente do A.
cantonensis no Brasil. Os caramujos ingerem fezes de roedores contaminadas com
larvas do verme. Quando se locomovem, liberam um muco, para facilitar o
deslizamento, que também contém larvas. As pessoas podem ser infectadas se
ingerirem esse muco. Isso ocorre no consumo de legumes, verduras, e frutas mal
lavados, por exemplo. Ou se tocaram nas plantas e vegetais e depois levaram a
mão à boca.
“Esse
molusco chegou ao Brasil em uma feira agropecuária no Paraná, nos anos 1980.
Como a criação com fins comerciais fracassou, foram liberados no meio ambiente
e se proliferaram. Outras espécies de caramujos e crustáceos podem transmitir o
verme, mas o caramujo gigante africano está em todos os lugares: no quintal, na
pracinha, nas ruas. Como está próximo, facilita o contágio. E já foi encontrado
em todos os Estados, exceto no Rio Grande do Sul”, explica a bióloga Silvana
Thiengo, chefe do laboratório de Malacologia do IOC.
Prevenção
Silvana
ressalta que medidas simples evitam a transmissão: lavar as mãos com frequência
e deixar hortaliças e frutas de molho por 30 minutos em um litro de água com
uma colher de sopa de água sanitária.
Ela
recomenda ainda que os próprios moradores eliminem os caramujos – com as mãos
protegidas por luvas ou sacos plásticos, devem ser recolhidos e deixados em
balde por 24 horas, em uma mistura de uma medida de água sanitária para três de
água. Depois, as conchas devem ser jogadas no lixo comum. “É preciso ficarmos
alertas porque podem ocorrer surtos, principalmente se houver o consumo de
moluscos ou crustáceos crus”, ressalta Silvana. No Equador, 26 pessoas foram
infectadas, em 2009, ao comerem ceviche feito com molusco contaminado. As
informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Estadão
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Nada A DeClarar no Momento, Blog em Construção
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